Este alimento, que hoje não imaginamos fora das nossas cozinhas e receitas comuns, foi durante muito tempo non grato e considerado um alimento de classes inferiores. Junto com o pão e a cebola, era o principal alimento dos pobres, dos escravos e dos militares de hierarquia inferior. Tudo porque se acreditava que era um alimento que dava força.
Os Egípcios e os Gregos antigos usavam-no apenas para fins medicinais. Já no Século XX, continuou a ser posto de parte, pelo seu sabor e cheiro agressivo e grosseiro. Excepção feita aos italianos, espanhóis, à Provença francesa e outros “povos do sul” que os cozinhavam com praticamente tudo.
Nativo da Ásia, Grécia, Itália e Américas. Os ciganos antigos usavam-no na leitura da sorte. Na Roma antiga, esta planta era usada para curar as queimaduras do sol, a garganta inflamada, para aumentar a tensão arterial e para encorajar rins preguiçosos. Na Idade Média, acreditava-se que ter um molho de cebolinho escondido em casa a protegia das doenças.
Originários da Mesopotâmia (actual Iraque) e arredores (Médio Oriente, norte de África, Índia, Tailândia e China).
As folhas de coentros foram profusamente encontradas em túmulos egípcios datados de 3 mil anos a.C.. Os Romanos trouxeram-nos para a Europa e usavam-nos para conservar e temperar os alimentos. Os colonos ingleses levaram-nos para a américa do norte e os espanhóis para a américa latina e do sul, assim, induzindo as cozinhas do México, Caraíbas e américa do sul.
Os colonos da América usavam-nos para aliviar dores de estômago. Os puritanos mastigavam as suas sementes para se manterem acordados durante os serviços religiosos e para “enganar” a fome.
É, ao mesmo tempo, uma erva (folhas) e uma especiaria (sementes) (Ver Ervas Aromáticas Vs. Especiarias).
Com origens antigas, na Mesopotâmia e no Mediterrâneo, tem a enorme vantagem de todas as partes da planta serem utilizáveis e comestíveis. Os Romanos antigos usavam-no para um recheio feito com azeitonas e outras ervas e o pão era cozido numa cama de sementes de funcho para acrescentar sabor. Trazido para a Europa, era cultivado em mosteiros e usado pelas suas qualidades medicinais, sobretudo, no tratamento de problemas de estômago.
Nativa da Ásia, Grécia, Itália e Américas. As tribos de índios americanos usavam-na para purificar o sangue, cólicas, diarreia, febre, dores de cabeça e de estômago e indigestão. Na Idade Média, a hortelã era usada como agente de limpeza e para purificar a água de beber, sobretudo, em longas viagens. Era também usada para neutralizar o mau-olhado.
Da Índia e outras partes da Ásia. Os Indianos acreditavam que ser enterrados com folhas desta erva ajudaria à sua passagem ao Paraíso e os Romanos que a planta os protegia de perigos vários. Já os Gregos antigos consideram o manjericão perigoso porque acreditavam que os escorpiões o usavam como “ninho”. No Século XV, na Ligúria, o manjericão entra para a história da gastronomia mundial com a invenção do Pesto, hoje, imprescindível na cozinha italiana.
Originária do Mediterrâneo. Os Gregos antigos acreditavam que se se ungissem com uma pasta feita desta planta, antes de dormir, sonhariam com a sua futura mulher/marido. E que, plantada sobre uma campa, traria paz eterna e felicidade ao defunto.
Na Idade Média, era mastigada para combater indigestões, dores de dentes, tosses variadas e reumatismo. Nessa altura. era usada para aromatizar a água de lavar as mãos à hora da refeição. Era também usada em sopas, carnes e recheios (pelas suas qualidades de conservante e pelo tempero), omeletes e algumas sobremesas.
Antes do uso intensivo (e posteriormente comercial) do lúpulo para a produção de cerveja, a manjerona e outras ervas eram usadas na fermentação das cervejas tipo ale.
A manjerona é da mesma família dos orégãos mas é mais doce e suave.
Originários do Mediterrâneo, os orégãos são uma derivação selvagem da manjerona e têm um sabor mais intenso. Imprescindíveis, hoje em dia, na cozinha italiana.
Com origens na Grécia, onde, na Antiguidade, os estudantes usavam grinaldas de rosmaninho na cabeça ou ao pescoço como forma de melhorar a sua memória, na altura dos exames. Na Idade Média, era usado em bálsamos para a pele, como indutor de sonos descansados, como tranquilizante e para curar dores de cabeça.
Durante algum tempo, acreditou-se que funcionava como elixir da juventude e os curandeiros aconselhavam-no por ter a virtude de confortar, apenas com o seu cheiro, e de afastar os maus humores, quando vaporizado.
Acredita-se que o primeiro perfume a ser produzido comercialmente (na acepção moderna, de mistura de fragância e álcool) se chamava “Hungarian Water” e terá sido produzido cerca de 1370: era uma fragância rejuvenescedora, que tinha por base o rosmaninho, e foi criado em honra da Rainha da Hungria.
Nativa do Mediterrâneo (Grécia, Itália), os Romanos e Gregos antigos usavam-na para temperar e decorar pratos. Usada como símbolo da primavera e renascimento pelos Hebreus na festa da Páscoa Judaica. Os antigos usavam-na para aliviar dores reumáticas, de rins e para promover a saúde em geral.
Da Itália, Grécia e Centro da Europa. A origem da palavra vem do latim salvere que significa “estar de boa saúde”. Na Roma antiga, a sálvia era usada para melhorar a acuidade mental. Os médicos da Antiguidade, Dioscórides e Galeno (Ver Usos Genéricos ao longo da História), aconselhavam-na como boas para o cérebro e o estômago.
Na Idade Média, era usada para tratar a perda de memória, epilepsia, febres e infecções várias, problemas intestinais e dos olhos, constipações, tosses, problemas de nervos e desordens digestivas. Na forma de chá, era usada para aliviar estômagos fracos, dores de cabeça, febres e constipações.
Estudos recentes dizem que tem propriedades anti-inflamatórias e anti-oxidantes e que melhora a memória e diminui a ansiedade.
Nativo da Grécia e Itália mas os Sumérios já o usavam como antisséptico, 3 mil anos a.C.. Os Egípcios usavam-no nos processos de mumificação e os Gregos antigos como ingrediente para massagens e óleos de banho, como incenso e para usos medicinais, uma vez que o consideravam um forte antisséptico e conservante. Acreditavam que era o símbolo da energia da vida.
Antes de entrar em batalha, os Romanos banhavam-se em águas aromatizadas com tomilho. Plínio, O Velho, identificou-o como apto a tratar dores de cabeça e problemas intestinais. Já Galeno prescrevia-o para problemas do baço e para evitar os vómitos (Ver Usos Genéricos ao longo da História).
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